sábado, 10 de abril de 2010

113

"A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!"
Friedrich Nietzsche



113.
Sempre que me proponho a escrever,
visito os mesmos calos:
O tempo implacável.
A falta de identidade.
A derrota ainda entalada.
Um algo que senti e algum duplo sentido.
Rodopio em torno dos mesmos temas.
Fico atordoado e não me resolvo.
Queria ser ciência exata.
Me afirmaria com facilidade.
Mas continuo filosofia ingrata.
Preso num eterno retorno.


Léo Ribeiro, 10 de Abril de 2010

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