quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Luzes da cidade


2.
Tenho sempre a clara impressão de que quando olho para as luzes da cidade, elas me olham de volta, piscam pra mim. Em cada ponto uma eminente história ou particularidade. Seja o ponto uma janela, uma placa ou mesmo uma antena tão alta e tão perdida. Se a cidade me pisca (ou pesca) como posso deixar de ouvir seu chamado de silêncio? Entre cada ponto tenho a certeza de existir alguém. Tenho a certeza de que algo acontece. De que algo está sendo pensado ou sentido. Eu sinto. Minha cabeça balança pra frente pelo peso que o apelo da cidade tem. Eu pisco pra cidade à noite. Pisco pra agradecer o convite e pra ela saber que sou cúmplice de tudo que ela oferece. Dentro de cada luz e entre cada piscar.


Léo Ribeiro

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1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

hum.. poético... gostei.. afinal, sou quase uma mariposa hehehehe..
amoooo luzes... mas nunca tinha parado pra pensar nesse aspecto...
vamos mergulhar nas luzes da cidade!!!!
bjão enfermeiro...

26 de dezembro de 2007 às 21:40  

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