quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Passeio


59.
Com luz de noite.
Na beirada da consciência.
A tristeza tem outra voz.
Rouca, sussurrada.
Sem mais palavras pra mais silêncio.
Corto as ruas que me partem em partes.
Largo um pensamento em cada esquina.
Faço a curva da minha identidade.
Mapeio meu momento.
Encontro caminhos tortos e atos falhos.
Reduzo a velocidade pra me acompanhar.
Me situo num ponto para me perder de outra maneira.
Traço a rota pra me desviar.
Escolho os passos mas me surpreendo a cada passeio.


Léo Ribeiro, 25 de Setembro de 2008

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