74.
74.
Me sinto sozinho
cheio de enfado.
Sigo princípios
que me tornam amargo.
Mexo em coisas
que não me movem mais.
Pretendo achar em tralhas
lembranças reais.
Cada peça de roupa
passada ou amassada.
Me despe de ontem
e me veste de nada.
Noites em claro
pensamentos obscuros.
Rolando em rugas
de lençóis seguros.
Léo Ribeiro, 14 de Janeiro de 2008Marcadores: 74
Oco
73.
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Faz
72.Faz minha vontade no seu melhor estiloMe diz o que é liberdadePara ver se faz sentidoO tempo ganha outra formaQuando seu beijo vem pra minha bocaNum segundo mais de mil palavrasE eu ainda não tenho pistaDo tamanho da alegriaQue seu amor traz pra minha vidaAcordo na sua casaMas não saio do sonho aindaMe vejo do seu ladoSua presença é lindaNão quero acordar para nada lá foraMeu básico está no meu domínioÉ você dizendo que me adoraSou eu perdendo meu raciocínio Léo Ribeiro, 07 de Janeiro de 2008Marcadores: faz
Ponto
35.Colo meus olhos no primeiro ponto final. Volto pela frase pra ver se faz sentido. Tropeço nas letras e caio no ridículo. Sinto que palavras não vão significar nada. Nem se bem escolhidas. Nem se bem bonitas. Leio correndo sem a pausa da vírgula. O ponto de exclamação não me pára! Tudo que quero cabe num verso. Mas nem toda poesia do mundo me deixa completo. Léo Ribeiro, 3 de Junho de 2005 Marcadores: Ponto
Perto
70.
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Eu fiz
71.
Ela lhe fez sofrer.
Seus pedaços ainda estão por aí.
Ele não guardou mágoas.
Só não entendeu o porquê.
Se era tão bom.
Como foi terminar assim?
Assim sem motivo certo.
Sem uma grande conclusão.
O carinho não deu lugar pra raiva.
Ele quer que ela seja feliz.
Mesmo pagando um alto preço.
O que pude fazer eu fiz.
Léo Ribeiro, 03 de Janeiro de 2008Marcadores: fiz
Passam
69.
Meus dias demoram mais que os seus. Faço mil coisas para ver o tempo passar. O tempo faz hora comigo. Vazio é aquilo que está entre acordar e dormir. Um vazio cheio de horas. Que não passam enquanto passo meus dias esperando.
Léo Ribeiro, 03 de Janeiro de 2008
Marcadores: passam
Direção
68.Vou colocar uma pedra no assuntoNão quero mais lembrar de cada detalheVou apontar para outro ladoSeguir meu rumo sem tropeçarNão vou parar pra saber a direçãoEstou certo enquanto estiver caminhandoMinha convicção vai me bastar Pra não pensar em chão passadoPosso andar até de olhos fechadosA mente aberta é meu sentidoEu não preciso mais que isso Léo Ribeiro, 03 de Janeiro de 2008Marcadores: direção