segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

108

108.
Quando o nó da garganta
amarra as lágrimas
O peito tenta retumbar
sem coração dentro
Só vento


Léo Ribeiro, 25 de Janeiro de 2010

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

107

107.
Minha visão turva
Meu corpo curva
Minha mente surta
Minha vontade furta
Tudo em minha
música surda


Léo Ribeiro, 20 de Janeiro de 2010

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domingo, 17 de janeiro de 2010

106


106.
Me avisto monocromático
Meu lado obscuro dita meus tons
Pinto meu drama na palheta de cinzas
Apago, borro, rabisco minha visão
Em traços imprecisos, defino minha linha
Preto no branco não mostram quase nada
O que me interessa reside no dégradé
Sutilezas postas à prova em contrastes falsos
Luz ou sombras conforme minha vontade
Mesmo quando me faltam cores
Me sobram possibilidades


Léo Ribeiro, 17 de Janeiro de 2010

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sábado, 16 de janeiro de 2010

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@leozitobhz "Margem de erro" é nossa desculpa perfeita para sermos imperfeitos.

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sábado, 9 de janeiro de 2010

105

105.
Coisas que não existem mais
Tic-tac, passa o tempo
Mas nossos relógios são digitais
Tic, não faz mais, tac, sentido
Triiim, se toca o telefone
qualquer som pode ser ouvido
Shhhh... a música acabava
no chiado da vitrola
Novos timbres agora tocam
nestes bits que você controla
Não me ache saudosista
Meu instinto é atual
O pensamento é realista
A expressão é virtual


Léo Ribeiro, 9 de Janeiro de 2010

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

104

104.
Se saio da linha
Ou se quebro a regra
Saiba que não fiz querendo
Quem sabe era só eu
tentando sair do consenso?
(Se) me dê essa chance
de não ser normal
Abra a sua mente
pode dar certo afinal.
Invento uma nova forma
de viver outro clima.
Faço horas e outros tempos
Só não crio maneiras
de.... achar essa rima.


Léo Ribeiro, 8 de Janeiro de 2010

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

103

103.
Eu não esperava.
Apareceu de repente.
Num segundo já havia perdido
todos os sentidos.
Meu cérebro também parou.
Para sentir uma raiva dessa
não era preciso pensar.
Sem dar nenhuma explicação,
já me deixou bufando de ódio.
Que ódio!
E o que aperta o peito,
é não saber de onde algo tão
amargo vem.
Não poderia estar aqui dentro
o tempo todo.
Algo tão ácido teria me
incomodado o estômago.
Mas se veio de fora e se
instalou de baixo da pele,
como posso arrancar?
Devo me descascar!
Arranco esta merda de
sentimento na marra!
Tão violentamente quanto ele
me fez sentir mal.
Mas e se ele já me
corroeu por dentro?
E se não sobrou nada?
Expulso esse pus e fico vazio.
Uma carcaça limpa e mal tratada.
Antes assim.
Sem raiva por dentro.
Nem alma pra ser lavada.

Léo Ribeiro, 5 de Janeiro de 2010

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sábado, 2 de janeiro de 2010

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@leozitobhz Se nos entregamos (para alguém) é porque talvez achemos que não temos mais valor para nós mesmos. #MicroDevaneio

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102

102.
Em cinco linhas conto sua vida:
Nasceu sem contar com isso
Contados eram seus dias
Então contou com a sorte
Cada ano contava por dois
Conta-se que era distraído
Morreu por perder a conta


Léo Ribeiro, 28 de Dezembro de 2009

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