segunda-feira, 16 de março de 2009

78

78.
Como se não tivesse nada pra fazer
Pegou cada folha seca em seu caminho
Jogou para o alto sorrindo
Pra mostrar o carnaval que é viver

Fazia tempo que não via a serra
Se pegou sonhando com escaladas
Queria por a teoria em prática
Sem o medo de fazer escolhas erradas

Vagou um dia inteiro sem rumo certo
Estar a caminho já bastava
Gritou como se não houvesse ninguém perto
Precisava se livrar do que não valia nada

Andou para trás pra ser diferente
Abriu caminhos tortos só com palavras
Comeu com os olhos cada virada
Virou outra pessoa, bem mais contente


Léo Ribeiro, 03 de Março de 2009

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quarta-feira, 11 de março de 2009

79


79.
Desespero pra quê?
Tudo está em seu lugar
Fatos sem um porquê
Jogo de consequências

Regras inventadas
Fingindo um certo sentido
Resultados tão aleatórios
Peças inteiras num tabuleiro partido

Jogadores sem visão
Um movimento qualquer
Dados sem lados na mão
Sorte para quem puder

Cartas marcadas
Jogadas para o perdedor
Vingança anunciada
Estratégias sem valor


Léo Ribeiro, 11 de Março de 2009

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