segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Aforismos: Pedro de Lara

"A vida é cheia de fases, a pior fase é quando não fazes mais nada".
"Quanto mais dízimos, mais igrejas. Quanto mais igrejas, menos fé".
"Na vida tem que ter estilo, quem não tem não é isso nem aquilo".
"É melhor doer na carne do que arder na consciência".
"A mulher na maciota faz de um sábio um idiota".
"No mercado da vida o homem é sempre um produto de oferta".
"Tapar a velhice com plástica é esquecer que a natureza é drástica".
"O filho quando não presta é espermatozóide estragado".
"Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que só tem dinheiro".

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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

No escuro, muita coisa faz sentido

escuro sentido


13.
Eu não consigo me achar. Não me acho debaixo de uma pedra. Eu estou por baixo. Não me acho no topo de um prédio. Não topo comigo em nenhum lugar. Não me encontro com ninguém. Só me encontro só. Só me encontro pensando. Só penso em me encontrar num lugar melhor. Só me procuro onde não estou. Estou em lugar algum embora esteja dentro de mim. Estou sozinho lá dentro. Não saio pra não me perder. Embora dentro de mim eu já esteja meio perdido...


Léo Ribeiro

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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Entrevista com Rodolfo Castrezana

Entrevista Rodolfo Castrezana

Para divertir e fazer pensar sem se importar com a forma, hoje estou publicando uma entrevista cedida muito gentilmente por Rodolfo Castrezana. Para quem não conhece, ele é criador e editor de um blog pra lá de acessado chamado OMEdI.
Criado entre o fim de 2003 e começo de 2004, o OMEdI tem de tudo um pouco, links interessantes, informação, entretenimento e lá vai. Para explicar a origem do nome, me utilizarei das palavras de seu criador:

"O nome OMEdI é um acrônimo. Acrônimo, para quem não sabe, é quando a gente pega as iniciais de uma frase e cria uma palavra. Meu antigo site pessoal (aquele que a gente coloca o portfólio) tinha um tema visual, que era o circo. A chamada mais famosa do circo é “O Maior Espetáculo da Terra”, tem até filme com esse nome. Em um momento de criatividade latente decidi chamar o meu site de “O Maior Espetáculo da Internet”, em partes por ter esperança que um dia realmente ele alcançasse esse status e em parte por achar que eu, na época um publicitário chateado com a profissão, não era nada além de um palhaço."

Todo conteúdo é acompanhado por comentários inteligentes e divertidos de Rodolfo. E por isso quis fazer uma entrevista com o próprio a respeito da influência dos blogs como fonte de informação na internet:


Você acha que os blogs têm tomado espaço de sites jornalísticos quando pensamos neles como fonte de informação? Ou quem procura os blogs não deixa de entrar nos grandes portais de notícias?
Não, blogs não são jornalistícos, são opinativos. E são fontes filtradas de informação para o seu público, já que o público de um blog necessariamente precisa se espelhar de alguma maneira em seu autor (ou autores) para acessá-lo. Talvez por essa filtragem o leitor de blog deixe de entrar em alguns portais, mas depende do interesse do leitor, claro.

Na sua opinião, um blog pode ter força sozinho para mudar a cabeça dos leitores a respeito de algum assunto ou o poder de deles vem justamente da sua coletividade? Quando vários blogs estão falando sobre um mesmo assunto.
Sim, as pessoas são altamente influenciáveis e gostam de idéias que se encaixem com as suas. Qualquer um com um pouco de persuasão consegue mudar a cabeça dos leitores, seja em qualquer meio de comunicação. O que eu gosto de fazer no OMEdI é alimentar a discussão para que as pessoas possam ter novas idéias e até mesmo mudar as suas, o que é muito importante. O debate é enriquecedor. E se vários blogs estão falando do mesmo assunto é pq está faltando assunto.

Você se preocupa em balancear a quantidade de posts informativos e de entretenimento ou deixa que o conteúdo vá tomando um rumo de acordo com a vontade do momento?
Eu faço uma seleção básica, baseado no meu conceito de qualidade para o conteúdo. Mas depende também do que está rolando pela net, no momento da seleção. De certa forma ele tem vontade própria, eu só tento ser coerente.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Deste tamanho

pequenas coisas


8.
E se a gente ligasse apenas para as pequenas coisas? Ligar para a forma como se estende a cama. Ligar para embalagem de café amarrotada no canto do armário. Ligar para a colher suja na pia. Ligar para quem já não liga pra gente faz tempo. Dar atenção para as coisas pequenas podem nos tirar do rumo certo. Podem tornar os problemas grandes ainda maiores. Ou quem sabe tornar a ignorância o alento para a dor. Ignorar um problema nem sempre é uma fuga. A pessoa de grande ego talvez diria que é uma forma de mostrar para o problema, quem manda. Quem é o superior. Quem é superior? Sua dor ou o seu problema? Quem é o seu problema? Você? Ou quem faz a dor? Como você lida com isso? Aponta pro nariz do problema ou pensa nas coisas pequenas?


Léo Ribeiro

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pixeldotopo final



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domingo, 11 de novembro de 2007

Escuro dentro

batalha


21.
Não te perdoei por me achar fraco. Aperto o punho, os dentes, os olhos. Meu coração já não bate mais. Soco e chuto tudo como se fosse você. Sinto dor e desejo estar na sua pele. Pra você também se sentir medíocre. Pra te fazer pular na frente de um trem. Morrer junto com o agressor me parece bom. Último ato de um nojento que se sente por baixo. Solução de um desgraçado que não serve para ser filho da puta. E não sobrevive sem querer morrer a cada suspiro seu.


Léo Ribeiro

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No ponto certo?

ponto certo


32.

Este é o delicado equilíbrio da vida. Nem tão bom, nem tão mau. Se morre de frio ou vive queimando. Se está no topo do mundo ou no fundo do poço. É porque ainda não conhece o meio de viver bem. O meio termo. Não falo de meias palavras ou penso em sonhos incompletos. Me refiro ao ponto certo. Este ponto nem tão suave e nem tão duro. Que não desaba em lágrimas nem seca por dentro. Que faz tudo certo e ainda sim, não deixa de estar errado às vezes. O equilíbrio que sempre buscamos quando queremos ser bons e que sempre se perde quando o tocamos. E assim tocamos nossas vidas: perdendo o ponto e nos equilibrando.


Léo Ribeiro

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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Do pó viemos e para o digital iremos



Texto, som ou imagem, não importa.
Tudo para se expressar e nada que limite a forma.

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