sábado, 29 de novembro de 2008

Desastrado

63.
Quis escrever uma rima fácil
Fácil de lembrar, não sei.
Uso palavras conhecidas
Para frases que já usei.

Dou sentido para bobagens
Faço parecerem especiais
Feito meu apreço por você.
Meus poemas são sempre iguais
Não fazem por merecer.

Cada falha no meu estilo
Tem motivo ou razão.
Métrica fora de sintonia
Fala alto a convenção.

Convenhamos não importa
Se meu jeito é desastrado.
Peço desculpas pela forma
Do meu conteúdo apaixonado.


Léo Ribeiro, 29 de Novembro de 2008

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domingo, 23 de novembro de 2008

Ímpar


62.
Me sinto ímpar.
Sem par.
Sem graça.

Me diminuo.
Só eu.
Só isso.

Me igualo.
Aos outros.
Aos tristes.


Léo Ribeiro, 23 de Novembro de 2008

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domingo, 16 de novembro de 2008

Emaranhado


61.
Minha vista tem dois pontos. Duas pontas de um fio sem meada.
São pontas soltas que dão nó na minha cabeça. Opiniões diversas
sobre um mesmo assunto. Sem necessidade de um desfecho. Ter
certeza desembolada parece certo. Emaranhado de convicções.
Esse sou eu tentando amarrar minhas idéias soltas.


Léo Ribeiro, 16 de Novembro de 2008

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sábado, 15 de novembro de 2008

Confesso


25.
Confesso que toda dor é mais amarga quando finjo não sentir. Admito que meu corpo dói quando simulo um sorriso. Brinco de ser feliz e nada me diverte. Faço de conta, só não levo em conta a realidade. Só não menciono o final da história pra pensarem que foi feliz. Reconheço toda dor dentro de mim quando digo que não senti.


Léo Ribeiro, 29 de Março de 2005

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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Coisa nova

Fiz um blog sobre Comunicação Digital. Com alguma sorte vou tratá-lo melhor do que venho tratando o pixeldocaos.

Espero que gostem!

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Filme



17.
É estranho ser coadjuvante na história ao lado e ao mesmo tempo ser a estrela do meu próprio filme. Pasmo ao lembrar que não sou o centro do mundo. Todos tem seu centro e eu aqui centrado em mim. Cada pessoa com seu próprio universo. Com seu próprio umbigo. Quero ser o mocinho da sua aventura. Não me venha com esse papo de apenas um figurante. Quero ser o grande vilão dos meus inimigos. Chega de final feliz para todo mundo. Sei que escrevo meu próprio roteiro. Pena não ter a direção o tempo todo. Escolho o elenco, o figurino e a locação. Mas acabo improvisando todas as falas.


Léo Ribeiro, 11 de Fevereiro de 2005

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