Filme

17.
É estranho ser coadjuvante na história ao lado e ao mesmo tempo ser a estrela do meu próprio filme. Pasmo ao lembrar que não sou o centro do mundo. Todos tem seu centro e eu aqui centrado em mim. Cada pessoa com seu próprio universo. Com seu próprio umbigo. Quero ser o mocinho da sua aventura. Não me venha com esse papo de apenas um figurante. Quero ser o grande vilão dos meus inimigos. Chega de final feliz para todo mundo. Sei que escrevo meu próprio roteiro. Pena não ter a direção o tempo todo. Escolho o elenco, o figurino e a locação. Mas acabo improvisando todas as falas.
Léo Ribeiro, 11 de Fevereiro de 2005
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